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Vamos falar de Natal...

Acho que nunca tive um Natal perfeito, mas tive muitos lá perto.
Houve sempre aquele medo e preocupação. Mas depois havia o resto. Haviam as tardes infinitas ás compras com a minha avó pelas ruas da cidade toda enfeitada. Eu sabia sempre a prenda de todos. Sabia sempre a minha também, mas ainda sem perceber como a minha avó tinha sempre uma que era surpresa. 
Depois havia o meu primo. Acho que ele era a alegria da meu Natal. O meu primo, o meu herói. Sempre a dar-me atenção, ainda que eu fosse só a miuda mais chata do mundo. Lembro-me de ficar sempre no lugar mais apertado da casa e ele sempre ao meu lad,o. Com as brincadeiras mais estúpidas e as piadas mais parvas, mas os meus natais eram 
felizes muito graças a ele. Emigrou um dia. Merda de país este. E não me lembro do último Natal juntos.
Havia a minha sobrinha, quase da minha idade que acreditava comigo no Pai-Natal. Íamos para a cama, apagavamos as luzes e dlim-dlão, ele tocava a campainha e as prendas apareciam num ápice.

Depois eu cresci. Comecei a perceber certas coisas que doiam. Com o jempo a minha avó perdeu muita da sua mobilidade e agora sou eu quem compra as prendas de um Pai-Natal bem mais magrinho e que já nãome traz a surpresa da avó. Pelo contrário hoje, é ela quem fica feliz ao desembrulhar cada prenda. E sim, as prendas pouca importância têm, mas a minha avó sempre gostou do Natgal assim.
Depois o meu herói foi para a Suiça e nem sempre a vida corre como queremos. Hoje tem um filho, de quem eu queria muito ser heroína. Com quem eu queria partilhar o 1o Natal, mas está longe. Muito longe, porque, lá está, é a vida.
Depois deixei de acreditar no Pai-Natal,e pelo meio descobri que a minha mãe é extremamente infeliz nesta época. Despedi-me, para sempre, da minha avó materna e de umdos meus tios.
Depois, tive medo do Natal. Porpue me doía no coração

E pronto, sem excepção este está a ser difícil. É a vida.

Feliz Natal para vocês

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